terça-feira, 9 de junho de 2009

Como é bom...


Marcelo, um garoto de quatorze anos, adorava todas as coisas relacionadas à internet, videogame e jogos de computador. Quando chegava da escola nem almoçava, levava o prato de comida para o quarto, ia direto para o computador, e assim ficava.
Certo dia, sua mãe precisou viajar a negócios e o deixou na casa dos avós. Ele, no começo, odiou a idéia, mas como não tinha onde ficar, não lhe restou outra alternativa. Chegando lá, Marcelo viu que não tinha nada do que gostava de fazer. Realmente era muito chato ficar sem seu videogame e sem seu computador. Ela andava de lá pra cá, abrindo geladeira, fuçando nos armários, abrindo e fechando gavetas... E seus avós? E daí? Ele não estava preocupado, pois nunca trocara uma idéia sequer com nenhum deles. Não que eles nunca tivessem tentado uma aproximação.
Estava chovendo naquela manhã de quarta-feira e Marcelo pensou: “ que saco!” Agora nem o quintal me sobrou!” Levantou, arrastando chinelos pelo corredor, quando ouviu uma conversa meio estranha vindo do quarto de seus avós. Sorrateiro, espiou pela fresta da porta e, que cena! Seu avô, sobre um tabuleiro de futebol de botão e sem fazer qualquer ruído, o ouvia dizer: - “começa o segundo tempo no estádio do Machadão, rola a bola no clássico, América e ABC. Já começa com uma forte pressão do alvirubro. Baltazar apóia a bola e lança Saquinho na área, corre, tira Sabará da jogada com um drible desconcertante, e ele toca para o matador Hélcio Jacaré que dribla o goleiro e faz, é Goooooool! Do matador Hélcio Jacaré: ele não perde.
Marcelo, então, disse –“Vô, o que é isso”? O avô responde: “Venha aqui menino, vamos jogar, eu te ensino.“ Marcelo gostou da idéia e eles foram jogar. Seu avô ensinou a ele todos os macetes que um novato no futebol de botão poderia aprender. Eles ficaram jogando e jogando por horas e horas sem noção do tempo.

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